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domingo, 29 de março de 2009

Às vezes se esquecem que são seres humanos

Anjos das Ruas

Rosa De Saron
Composição: Eduardo Faro


Andando pelas ruas
Eu vejo algo mais do que arranha-céus
É a fome e a miséria
Dos verdadeiros filhos de Deus
Vejo almas presas chorando em meio a dor
Dor de espírito clamando por amor


Anjos das ruas
Anjos que não podem voar
Pra fugir do abandono
E um futuro poder encontrar
Anjos das ruas
Anjos que não podem sonhar
Pois a calçada é um berço
Onde não sabem se vão acordar


Às vezes se esquecem que são seres humanos
Com um coração sedento pra amar
Vendendo seus corpos por poucos trocados
Sem medo da morte o relento é seu lar
Choros, rangidos, almas pra salvar



Está música tocou muito o meu coração e me fez pensar sobre a nossa sociedade, sobre “os anjos das ruas”. Decidi falar um pouco sobre os marginalizados dela, ‘anjos que não podem voar’.
Tudo se tornou normal para nós. Se ouvimos no noticiário: garoto é assassinado, isso nem nos comove, acostumamos com esses fatos. Da mesma forma são as pessoas que vivem nas ruas - crianças, jovens, adultos, idosos. Elas nem são percebidas quando passamos nas calçadas. Esquecemos que são seres humanos, dotados de dignidade, carentes de amor, carinho. Não manifestamos nenhum sentimento, nem de desprezo muito menos compaixão, não percebemos que estão ali.
As calçadas são seus berços, onde dormem, mas nem sabem se vão acordar. A fome e a miséria estão presentes na vida deles, todos os dias. Seus corpos são instrumentos de venda. Há choro, rangidos, tristeza.
Acomodamos-nos! Acostumamos-nos!

Políticos, autoridades, civis, nem lembram, às vezes, que existem pessoas nas ruas, sofrendo, chorando enquanto esbanjam seu dinheiro, seu luxo. Ao comermos deixamos sobras de comidas no prato, acabou nossa vontade de comer. Enquanto isso pessoas passam fome, ou melhor, morrem de fome.


O que fazer?


Não quero cobrar soluções, mas poderia, quero destacar o fato dos marginalizados serem seres humanos como eu e você e que ao passarmos perto deles sintamos, pelo menos, compaixão, por esses que, talvez, nem sabem se vão estar vivos no outro dia.

Um comentário:

  1. Grande Rafael. Gostei muito do seu blog,ta "maneraço".
    Continue escrevendo,pois vc manda bem.
    abraço, fica com Deus !

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