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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Não dá pra servir a dois senhores.
Deus ou o Dinheiro?


Faltando uma semana para o carnaval e inicio da quaresma, creio que a reflexão é necessária, diante de um tema direto e arrasador que é o da Campanha da Fraternidade deste ano: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6,24c.
Quando fiquei sabendo deste tema, e também que englobaria economia e ecumenismo, me interessei pelo assunto e a primeira coisa que veio na minha mente foi o que o meu padre me disse há 6 meses, ele é holandês e recebeu noticias de que 2 igrejas na sua terra natal estariam fechando e seriam demolidas. Fiquei assustado e perguntei o porquê desta situação, ele me disse que era por causa da descrença em Deus e principalmente pelo consumismo, no qual o dinheiro e o “ter” tomou o lugar do transcendente.
Lamentável! Creio que é necessário um amadurecimento de nossa parte em deixar o dinheiro no seu lugar e Deus no centro. O dinheiro é necessário, criado a serviço do homem, e não para o homem servi-lo, adorá-lo. Quantos não sofrem devido a ganância de poucos. A reforma agrária no país, cadê? Minha cidade tem uma extensão territorial grande e área urbana pequena e cerca de 2.500 habitantes. Indo e vindo de Juiz de Fora estava analisando os redores da estrada uma quantidade de pasto vazio e isso acontece também aqui em volta da área urbana.
O serviço da vida, cultura de solidariedade e paz é um dos objetivos este ano da campanha. Na Sagrada Escritura os pobres e os necessitados estão no centro da justiça de Deus. A pobreza é fruto das decisões e de políticas humanas. É necessário reverter essa situação, mas como? Numa sociedade a cada dia egoísta, individualista. Essa é a pergunta que me faço e a resposta que me dou, lamentável, mas é a realidade. Creio na transformação da sociedade, mesmo que seja utópico. Esta campanha irá ajudar bastante, quem sabe caímos na real? Ela avaliará criticamente o sistema econômico e o que o governo faz pelas pessoas que sofrem pela miséria e pobreza.
A mudança da sociedade começa pela transformação da mentalidade e dos valores da pessoa humana. Educar para uma economia de justiça e de solidariedade é fundamental, hoje, em nossas escolas, universidades.